tag:blogger.com,1999:blog-1774492658603504081.post8512234038472878658..comments2022-03-25T09:40:46.568-03:00Comments on Literatura e Crítica Cultural: Dia das MãesFernandohttp://www.blogger.com/profile/12927067917718408978noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-1774492658603504081.post-35453171062976809112010-05-13T09:59:08.060-03:002010-05-13T09:59:08.060-03:00Conceição:
Acabo de ler e postar no meu blog seu ...Conceição:<br />Acabo de ler e postar no meu blog seu breve comentário. É claro que sua outra mensagem é muito melhor, mas tem um caráter tão íntimo, tão pessoal, que você compreensivelmente preferiu enviá-la como correspondência privada. Lillian infelizmente leu minha crônica, ou conto,como diz você, como se minha personagem gostasse da solidão em que vive. Ora, não há nada disso no conto. Há solidão, sim, e de modo nenhum desejável. O que afirmo é que ela teve a coragem, somada à necessidade, de na velhice querer um lugar seu, exclusivamente seu, para conhecer a experiência da solidão, um tipo de solidão impensável no seio da família onde, desde a adolescência, foi educada para ser mãe, inclusive do próprio marido, avó, zeladora da casa e da família etc. Zélia quis e precisou descobrir na velhice o sentido de ter um lugar próprio. Por isso trocou uma cobertura por um pequeno apartamento. Numa coisa, pelo menos, ela é uma mulher afortunada, desfruta de uma fortuna impensável na história amorosa e conjugal da mulher de hoje. Zélia tem a memória de amor do marido. Essa memória é tão fundamental, impregna tão poderosamente sua vida e sua solidão que a ajuda a continuar vivendo na solidão do seu apartamento como se Dudu estivesse ainda vivo, como se sua presença espiritual sensível abolisse a fronteira entre vida e morte, entre a presença física e a espiritual. O mais negativo do meu conto remete à mercantilização extrema dos afetos, em particular o afeto que devotamos às nossas mães, nesse grande bazar que é o capitalismo de consumo brasileiro. Nesse sentido, a chave do conto, ou crônica, está na frase final. Confesso que tenho horror a essa realidade que domina o conjunto das nossas relações sociais. Evito proceder a uma crítica moralista desse problema, mas confesso não ter certeza de examiná-lo com a objetividade desejável. É uma ilusão supor que as relações íntimas estão a salvo dessa mercantilização que, de tão onipresente, torno-se transparente. Não a vê quem não quer, ou prefere viver cego pela ilusão do que deseja. Beijos,<br /> Fernando.Fernandohttps://www.blogger.com/profile/12927067917718408978noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1774492658603504081.post-6566793074629098552010-05-12T20:21:36.356-03:002010-05-12T20:21:36.356-03:00Olá Fernando:
Gostei muito deste conto, se é assim...Olá Fernando:<br />Gostei muito deste conto, se é assim que posso chamar esta postagem. Estava refletindo sobre a maternidade e seus descompassos. As vezes penso que nessa relação se tirar o comércio nada ficará. ConceiçãoConceição Lafayettehttps://www.blogger.com/profile/07445150011087592911noreply@blogger.com