
O amor chega tarde, senão nunca
E eu próprio me cansei de o esperar
Gastando minha vida, essa espelunca
Curtida em solidão de rua e bar.
O amor que um dia houve já se foi
Pois tudo nessa vida é perda e engano.
Se hoje na memória assim me dói
É que me pesa o amor, me pesa o ano
Assim fútil, traído e dissipado.
O amor findo por vezes deixa algemas
Refém no sótão sujo e abandonado
Deixa culpa no travo de poemas
Que escrevo com raiva e entanto a pena
Lavra a pena do réu já condenado.
Recife, 24 de agosto de 2011.
Muito bom, Fernando. Gostei do poema. Bjo.
ResponderExcluirSoneto! Força do hábito, foi poema. Bjoca.
ResponderExcluir