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Maria!, a brisa dizia
Ao sol das águas e ao tempo
E meu amor me acudia
Em vagas de alumbramento.
Maria!, e o mar se arrepia
Molhando as franjas do tempo.
E o dia vertido em guia
De um fado ou fazimento:
A minha humilde poesia
Lavrada n´águas atlânticas
E essa visão que irradia
Mares luares e ancas.
Mas era uma vez, um dia
E o luto na calmaria
Forrou as vestes do tempo.
E o mar deserto anuncia
O fim de tudo e Maria
Naufraga no esquecimento.
Porto de Galinhas, 25 de junho de 1998.
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