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Se me mato ou me morro quem chora
Quem um vago suspiro murmura?
Se me mato não sou, fui embora
Sou passagem e nada perdura.
Se me perco de mim e do mundo
Nada importa nem há de importar
Sou um grão submerso no fundo
De um jarro suspenso no ar.
Nosso ser é uma folha ao vento
Tateando em busca dos céus
Mas ao cabo tudo é passamento
E o mundo se fecha num adeus.
Curitiba, 18 de abril de 2013.
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