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Há muito vive na casa vazia.
Tão ele ela, tão ela ele
Que se fundiram numa inconsútil unidade.
A casa vazia, mas habitada
Pelas imagens
Sombras e luzes
Vozes do tempo
Recobrindo as paredes.
A noite deserta dentro da casa vazia.
Mas sente e vive no bojo do tempo
A ausência viva de tudo que amou e perdeu.
Logo, a perda é plenitude
Na eternidade do tempo
Unificando o pleno e o vazio.
Tudo que ama é presente na ausência.
Recife, 14 janeiro 2017.
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