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Tanto amor nas fontes represado
Tanto amor doído e inconfesso
Tanto desejo de amar e ser amado
Tanto de ti no tanto que não peço.
Tanto amor no corpo intransitivo
Tanta memória na noite solitária
E esse silêncio prenhe de sentido
Na vida tão sozinha e entanto vária.
Tantas vozes remotas no deserto
Que hoje habito e estreita o seu aperto.
Tanto que fui no tanto que vivi
Tanto de ti nas sombras que a vagar
Confundem meu desejo de partir
Na dor de ainda e sempre te amar.