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Quem cuidará de mim quando a doença
Enfim chegar tangida pelos anos
Quem velará no céu minha descrença
Quem meu silêncio à borda do piano?
Quem me amará ao sol desse deserto
Onde meu grão fenece à luz do outono
Quem “meu amor”, dirá, “meu peito aberto
Na solidão embalará teu sono”?
Quem na velhice, quando ela chegar
A mão na minha medirá a estrada
Passando assim, pois tudo há de passar
E a sombra é sobra e é tudo que é meu nada?
Recife, 13 de agosto de 2011.
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