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Ver mais que ver é ver-imaginar
A vida além da linha da aparência
O som, sopro da brisa sobre o mar
Amor além do sonho e da demência.
Ver mais que ver é ver e fabular
Teu corpo sobre a cama e a transparência
Saber puro sentir, reinventar
O olhar além da luz e da ciência.
É ver além do visto, contemplar
As formas sem textura, a dormência
Do ser que em si suspenso, livre ar
No infinito figura sua essência.
Recife, 14 de setembro de 2002.
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