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O pai que nunca tiveste
E que ainda procuras
No avesso de ti se veste
Vagando em noites escuras.
Um dia em ti fundirás
A luz na treva do dia
E enfim a paz fruirás
Na ilha azul da poesia.
A mãe que um dia perdeste
De fato não te faltou
Pois nunca em ti a tiveste
Nunca no nada o amor
Traiu o que nunca foi
Velou na vida o que vejo.
A dor da falta ainda dói
Mas é um outro. É o desejo
Que te supunhas faltar
Como o amor que te trai.
Eis que a medida de amar
É ser tua mãe, ser teu pai.
Recife, 30 de outubro de 2012.
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