segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Soneto intransitivo
Tanto amor nas fontes represado
Tanto amor doído e inconfesso
Tanto desejo de amar e ser amado
Tanto de ti no tanto que não peço.
Tanto amor no corpo intransitivo
Tanta memória na noite solitária
E esse silêncio prenhe de sentido
Na vida tão sozinha e entanto vária.
Tantas vozes remotas no deserto
Que hoje habito e estreita o seu aperto.
Tanto que fui no tanto que vivi
Tanto de ti nas sombras que a vagar
Confundem meu desejo de partir
Na dor de ainda e sempre te amar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
belo!
ResponderExcluirHoje você alegrou meu dia! Confesso que nem sempre leio os artigos da revista Será, mas hoje, ao me deparar com esse titulo, "Delírio de Onipotência do Narciso Consumista", fiquei intrigada e resolvi lê-lo. Gostei bastante e me deu um certo conforto, de saber que mais gente comunga com uma certa forma de olhar o mundo. Quis saber mais, ler mais alguma coisa. Visitei seu blog e me deparei com duas poesias muito inspiradas...Depois vi que existiam mais textos sobre temas e pessoas que me interessavam. Grata por existir! Augusta
ResponderExcluirAugusta: muito grato pelo seu comentário, que sinceramente me sensibiliza. Suas palavras, além de generosas, conferem sentido áquilo que busco encontrar quando publico meus escritos: um leitor compreensivo que suspende a barreira de silêncio ou indiferença separando quem lê e quem escreve.
ResponderExcluir