terça-feira, 18 de novembro de 2014

Domingo baiano


Se ora a vida transcende
A linha cotidiana
Ora na noite me acende
O vulto de Tatiana.

Se ora me acerca do tédio
Da solidão entre estranhos
Ora tem fugas, remédios
Prazeres e outros ganhos

Que brotam do mais comum
Da vida de todo dia
Fusão de Logos e Ogum
Senso comum e poesia.

Mas o meu verso intendia
Bem outra coisa dizer:
Soprar na noite a harmonia
Vinda do nada ou lazer

Que pouco almeja e anuncia.
Na forma mais pura e plana
Dizer que a luz da poesia
É o riso de Tatiana.

Salvador, 15 agosto 2004.

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