quarta-feira, 16 de setembro de 2015

No Mural do Facebook VI


Ideologia e Religião:
Apesar do trote da carruagem, que já riscou o rosto de Dilma Rousseff de rugas indisfarçáveis, passo por alguns posts de petistas e comunistas dogmáticos e chego a esta conclusão óbvia: quem tem ideologia não precisa de religião. Mas ressalto duas diferenças fundamentais em defesa dos religiosos: 1-eles escolhem uma religião e têm portanto consciência de que professam uma religião, um sistema de fé; 2-Por serem crentes confessos, podem dar-se ao luxo de ignorar as evidências que refutam sua crença. Por isso, concluo, o ideólogo dogmático é muito mais alienado do que o religioso convencional. A história, com h minúsculo, escreveu ironias devastadoras no livro sagrado da ideologia que a converteu em História (com H). Mas o dogmático da ideologia, como um Édipo da utopia, cegou os próprios olhos para não ver o que minha diarista já viu há muito tempo. Para que tantos livros alienantes, tanto farelo ideológico, perguntou-se o homem comum que vê a realidade armado apenas de bom senso e experiência.
Facebook, 13 de setembro 2015.

Dilma cava o próprio túmulo:
Se as medidas propostas pelo governo forem aprovadas pelo congresso, o que é mais que improvável, Dilma Rousseff vai cavar ainda mais fundo a sua cova. Afinal, entre outros insultos contra a sociedade que a reelegeu manipulada pela máquina da propaganda enganosa, para não dizer caluniosa, ela quer retardar o reajuste do funcionalismo público de janeiro para agosto. O desespero é tão extremo que agora Dilma decidiu meter a mão no bolso de quem sempre a apoiou. Por muito menos, FHC foi definitivamente demonizado pelo funcionalismo público, setor onde ainda se concentra o que resta de apoio ao governo. Não bastasse isso, quer restaurar a CPMF, além de reduzir ainda mais os recursos para políticas públicas, que já andam aos bandalhos.
O mais grave de tudo é que esse governo perdeu qualquer legitimidade para impor sacrifícios ainda maiores à sociedade. Afundado na lama da corrupção que envenena todo o sistema de poder, não tem nenhuma autoridade moral para exigir sacrifícios adicionais a uma população castigada por toda sorte de abuso e empulhação. Acuados, refugiando-se no silêncio, quando não se escondem literalmente, Lula e sua patética criatura afundam cada vez mais.
Um único exemplo: há tempos o historiador Marco Antonio Villa desfecha críticas virulentas contra ambos e o PT em geral. Mais que isso, Villa vem há tempos denunciando publicamente Lula como o chefe da quadrilha que se instalou no poder e se embrulha cada vez mais no processo corrente de investigação que não se sabe quando chegará a termo. Apesar de denunciado, Lula não dá um pio.
Por fim, repisando o lugar comum, Dilma teima em cortar apenas a carne alheia. Segundo voz corrente, o governo tem 113 mil cargos de confiança, expressão que é um eufemismo, e 39 ministérios que bem simbolizam a política parasitária do estatismo capitalista que sangra a sociedade brasileira. A coisa aqui `tá preta, como canta o verso famoso de Chico Buarque, um dos esteios morais de Lula, Dilma e do PT. Mas ele, como Marilena Chaui, também se refugiou no silêncio dos intelectuais irresponsáveis e cúmplices de tiranos gerados por belos ideais e irresistíveis utopias.
Nota: acrescentei algumas frases ao texto original postado no Facebook.
Facebook, 15 de setembro de 2015

Brás do Brasil
Brás é o homem mais afortunado do Brasil. Se Fidel Castro é o Brás de Cuba, Brás do Brasil é o Brás das Cubas, pois que as tem muitas e abundantes. Detentor de todas as fontes de petróleo, Brás fundou um monopólio chamado Petrobrás. Fez o mesmo com outros bens naturais num país tão farto em bens que trata de forma perdulária e irresponsável, quando não criminosamente vil e no geral impune. Capitalista perdulário, sobretudo infenso ao temor da falência, Brás esbanja, corrompe, queima e torra bens que sequer calcula. Se acaso a despesa excede a receita, Brás transfere os custos para os brasileiros. Estes que paguem pelo que nunca lucraram. Brás é o capitalista perfeito: o que ignora capital de risco e falência. Meu sonho é ser Fernãobrás, mas me contentaria em ser diretor ou operador do onipotente Brás.
Facebook, 16 de setembro de 2015

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