domingo, 14 de abril de 2013

O amor na paisagem


O encontro entre mim e a paisagem
Tal era o sortilégio de o viver
Que a tarde se fechava na estiagem
E a noite se fundia em meu querer.

Havia uma harmonia tão secreta
Entre paixão de ser e amanhecer
Que a luz da madrugada antes discreta
Pintava em teu olhar um entardecer.

Que mistério, amor, havia então
No elo que atava o coração
Às cores da paisagem que floria?

A luz sobre teu corpo desmaiava
E enquanto de prazer eu me afogava
O fogo da paisagem renascia.

Recife, 21 de dezembro de 2012.

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