terça-feira, 20 de agosto de 2013
Mãe Bovary
Minha mãe que nunca foste
mãe neste mundo de arcanos
delírio de Bovary
nua surdez dos pianos.
Minha mãe que nunca amaste
meu pai, teus filhos ciganos
por que no mundo geraste
tanto infortúnio e enganos?
Minha mãe que te perdias
nas tramas do ego cego
que ao léu da vida te ias
e em mim ainda te nego.
Minha mãe, fonte de dor
origem que em mim deploro
tanta tortura e amor
na lágrima que nunca choro.
Curitiba, abril de 2013.
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