domingo, 1 de janeiro de 2012

Tempo presente


Como eu queria viver
A plenitude do tempo
O ser fundido ao não-ser
Pleno o presente suspenso
Na linha do absoluto.

O absoluto é o presente
Nada antes ou depois.
O tempo em sua unidade
Não é desejo do além
Nem falta expressa em saudade.

Sábio seria viver
Inteiro, ser do presente
Tudo no agora verter
Pois o real é somente
A vida una e fluente.

Recife, 25 de dezembro de 2011.

2 comentários:

  1. Belo poema, Fernando!
    Um 2012 maravilhoso no tempo presente pra vc!
    Beijo.
    Vi.

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  2. Olá, Vi: acabo de ler no Facebook sua pergunta relativa a este poema. Tentei responder sumariamente e aqui desdobro um pouco minha resposta. Concordando com os filósofos estoicos, penso que o único tempo real, o que vivemos de fato, é o presente. O passado já foi e o futuro não é ainda nem sabemos como será. Aliás, sequer sabemos se estaremos vivos. É essa incerteza, muitas vezes angustiosa, diante do que já foi e do que não é ainda que confere sabedoria àqueles capazes de viverem no presente. Se tivesse a sabedoria dos antigos estoicos, viveria só no presente. Infelizmente, confesso não conseguir. Mas continuo tentando aprender. Beijos, Vi.
    Fernando.

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