quarta-feira, 18 de julho de 2012
Estrela Cadente
Para Sabrina, pela intuição e a ideia.
Vi uma estrela cadente
Cair no fundo do mar
E então me entreguei demente
Ao mar sem saber nadar.
O amor se apossa da gente
Como essa força do mar
Que atrai a estrela cadente
Carente de se afogar.
Por que o amor não perdura
Como outro modo de estrela
Que até na treva mais dura
Brilha pra que eu possa vê-la
Traçar com a linha mais pura
A duração do amor
Que no alto céu transfigura
O gozo e também a dor?
Quem dera acolher o amor
Que é sempre estrela cadente.
Mas nele vive a semente
Que a cada perda renovo
E em cada estrela cadente
O amor renasce de novo.
Fernando da Mota Lima
Recife, 27 de junho 2012.
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